30 de janeiro de 2008

As leis de Murphy.

O pc principal deu pane ou melhor Cavalo de Tróia, e claro nunca é ninguém, mas pior do que isto é ser incumbida pelo chefe, que resolveu ‘incrementar’ a maquina com uma lista gigante de peças ( que eu não entendo nada) de ir busca-las na capital.
Eu não entender nada de peças, tem uma desculpazinha, mas o vendedor?

_ Oi, estou precisando de uma placa de 20 pinos + 4+4, vc tem?
(a vendedora faz cara de quem esta pensando, entra no sistema e diz)
_ Tenho sim.
_Quanto Custa?
_ R$38,90.
_ Vc tem certeza que é a 20+4+4.
_ Vou verificar com o supervisor, um instante.
Penso comigo, o que será um instante? Quanto demora um instante?
No meu caso demorou 10 minutos.
_Sra. tem certeza que é isto mesmo, nós temos somente 20+4.
_ Obrigada. La vou eu a merda.


Na segunda loja se repete o mesmo ocorrido.

Na terceira Loja.

A vendedora me vem com a mesma 20+4.
Pego o celular e tento pela terceira vez falar com o técnico e verificar as especificações da placa, por fim consegui falar com o ‘quase impossível rapaz’, que auxilia a vendedora nesta árdua tarefa, mas perdida que cachorro caído de mudança, se junta com mais uma vendedora e eis que aparece a placa, com todos os pinos e entradas.

E finda a minha missão na ensolarada e claustrofóbica capital.

E é óbvio que o técnico conseguiu esquecer de mais algumas peças e vamos nós de novo.

E ai entra algumas Leis de Murphy.

1. Um atalho é sempre a distância mais longa entre dois pontos.
2. A beleza está à flor da pele, mas a feiúra vai até o osso!
3. Nada é tão fácil quanto parece, nem tão difícil quanto a explicação do manual.
4. Tudo leva mais tempo do que todo o tempo que você tem disponível.
5. Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível.
6. Se você perceber que uma coisa pode dar errada de 4 maneiras e conseguir driblá-las, uma quinta surgirá do nada.
7. Seja qual for o resultado, haverá sempre alguém para: a) interpretá-lo mal. b) falsificá-lo. c) dizer que já tinha previsto tudo em seu último relatório.
8. Quando um trabalho é mal feito, qualquer tentativa de melhorá-lo piora.
9. Acontecimentos infelizes sempre ocorrem em série.
10. Toda vez que se menciona alguma coisa: se é bom, acaba; se é mau, acontece.

24 de janeiro de 2008

A seita.



Passei dias tentando achar um tempo e digitar o restante da historia de Heinrich Schliemann, mas esqueci o livro onde trabalho e a oportunidade surgiu-me onde eu menos esperava no caminho para casa meu cunhado ligou convidando-nos a ir jogar baralho com ele (um jogo chamado mentira bem simples e divertido), mas imaginando os assuntos de sempre, novela, fofoca e as casa lacradas (que eu me recuso a ver, ouvir e falar) ficaria boiando, resolvi ficar em casa com o Gabriel (1e 11meses) e ele levaria o Alexandre (6 anos), porem minha irmã Nina (tia linha dura de coração mole) chamou-os para dormir com ela e minha mãe, agora estou eu aqui ouvindo os vizinhos loucos tentando cantar em Karaokê e para piorar um pouco, uma imitação tosca de Tete Espindola (meu amor o nosso amor esta escrito nas estrelas... e o fim da picada) e já que estou sem o livro em mãos e estou lendo outro sobre Seitas Secretas assunto que sempre me chamou a atenção não vou relatar sobre as mais conhecidas, mas uma seita aniquilada (não lamento e talvez nem você faça isso).






Introdução (bem resumida).

As seitas secretas existem tanto nas culturas primitivas como nas tecnologicamente avançadas. São, quase com certeza, anteriores a historia registrada; uma interpretação das pinturas pré-históricas nas cavernas sugere que elas faziam parte dos ritos tribais especiais da Idade da Pedra, destinados a atrair a caça mediante a magia simpática. No entanto, as seitas secretas tribais costumavam estar ligadas aos ritos de passagem para a vida adulta de rapazes e moças e a preservação das tradições culturais da tribo. Através dos tempos, outros grupos foram formados com propósitos religiosos e políticos, tal como os druidas e os Cavaleiros Templários do século XII. Alguns nasceram como irmandades ritualísticas, ou evoluíram a partir, maçonaria, rosa-cruz, a teosofia e a Ordem Hermética da Aurora Dourada, outros são cultos antigos como Isis e Osíris, Dionísio, Mitra (mitraismo), entre muitos outros.





Tugues - Assassinos Sagrados.


Durante séculos, viajantes da Índia eram presos pelos tugues, membros de uma seita cujas origens remotavam ao século XIII. A irmandade incluía muçulmanos e hindus, mas todos afirmavam ter uma relação especial com Kali, a Mãe Negra do folclore hindu. Segundo o mito deles, a deusa cortara um demônio comedor de gente ao meio com sua espada, descobrindo que cada gota de sangue dava origem a outro demônio. Em face de horda diabólica, Kali criou dois guerreiros com seu próprio suor, dando a cada um deles uma tira de pano chamada ‘rumal’, para estrangular os inimigos. Depois que os demônios morreram, Kali incitou seus dois tugues a continuarem matando, de geração a geração. Eles esmagariam o mal, disse ela – e ganhariam bem a vida, pois também roubariam suas vitimas.Na maior parte do tempo, os tugues viviam respeitavelmente, em geral como artesãos renomados, em suas aldeias natais. Porem, durante algumas semanas, todos os anos, dedicavam-se a carnificina, sua missão sagrada. Agindo longe de casa para evitarem o reconhecimento bandos de dez a cinqüenta tuques atraiam suas vitimas para a morte mediante engodos. Com efeito, o nome da seita deriva da palavra em sânscrito para ‘enganador’. acompanhavam grupos de mercadores ou peregrinos ate surgir uma oportunidade, quando o momento certo chegava, os assassinos aproximavam-se da vitima por trás, passavam os rumales em seu pescoço e apertavam, murmurando preces a Kali.



Antes de uma expedição, os tuques sacrificavam um carneiro diante de uma imagem de Kali manchada de sangue e coberto de flores. Ao lado das estatua estavam às ferramentas do oficio – corda, faca e picareta. A faca era usada na mutilação ritual dos cadáveres. Presumia-se que a mutilação agradasse a Kali, alem de ser pratica, pois dificultava a identificação das vitimas.



Alguns viajantes eram imunes ao ataque. As mulheres era poupadas em deferência ao sexo de Kali e os homens santos, certos artesãos, músicos e poetas também gozavam da proteção da deusa. Os leprosos e aleijados estavam isentos, pois os tugues temiam a contaminação, nunca molestavam europeus com medo de represarias por parte dos governos coloniais.



Com uma compaixão duvidosa, os tugues adotavam os filhos de suas vitimas, iniciando os meninos na seita, ensinando-lhes seu idioma e os sinais secretos. As iniciações eram solenes e alegres, nada dava a um pai tuque mais orgulho do que ver seu filho seguir seus passos sangrentos.

Estima-se que mais de um milhão de pessoas tenham perecido nas mãos dos tuques antes que os governantes ingleses da Índia acabassem com a seita por volta de 1826 o coronel William Sleeman (administrador civil de Jubbulpore, na Índia) recorreu a tuques capturados, quebrando o código de silencio com ofertas de clemência, no total conseguiu 56 informantes, em 1848 exceto por alguns casos isolados, o reino tuque de terror chegou ao fim.

Com o tempo, estranguladores e mutiladores fora transformados em hábeis oleiros, pedreiros e tecelões. Seus tapetes tornaram-se uma especialidade procurada ate pela rainha Vitória, cujos soldados haviam destruído a irmandade, encomendou um para o castelo de Windsor.


Texto extraído do livro: Mistérios do Desconhecido – Seitas Secretas, Abril Coleções (Time-Life), tradução Tomas Rosa Bueno.


Abraços Rosa
23 de janeiro de 2008.

5 de janeiro de 2008

Descobrimento de Tróia.

A historia de um menino pobre que encontrou um tesouro.


Começou assim: um garotinho estava diante de uma sepultura da sua aldeiazinha natal, no norte superior da Alemanha, em Mecklemburgo. Ai estava enterrado o malfeitor Henninh, chamado Bradenkielrl. Constava ter ele assinado e assado um pastor vivo e, já depois deste torrado, haver- desferido ainda um pontapé. A vingança, diziam, manifestara da seguinte maneira: todos os anos o esquerdo do facínora, calcado com uma meia de seda, tinha de brotar da sepultura.
O garotinho esperou e nada aconteceu. Então pediu ao pai que fosse cavando e investigando para ver onde o estaria naquele ano. Não longe dali havia um outeiro. Lá, segundo lhe contaram havia um berço de ouro. O menino perguntava ao pai, pobre e desmoralizado:
_ O senhor não tem dinheiro Por que não desenterras o berço
O pai contava sagas, contos de fadas e lendas ao menino. Falava-lhe sobre também – velho humanista – sobre as lutas dos heróis de Homero, sobre Paris e Helena, Aquiles e Heitor, a forte Tróia consumida pelas chamas. No Natal de 1829 deu-lhe um presente a Historia do Mundo Ilustrado de Jerrer, nele continha uma gravura representando Eneias com o filho pela mão, fugindo da fortaleza em chamas. O menino olhava a gravura, os muros fortes, a sólida porta ocidental e perguntava:
_ Tróia era assim?
O pai acenava com a cabeça.
_ E tudo isso foi destruído, completamente destruído, e ninguém sabe onde era?
_Isso mesmo respondia o pai.
_ Não acredito, dizia o menino. Quando eu for grande, hei de encontrar Tróia; e também o tesouro do rei.
O pai ria.

Quarenta e seis anos depois.

A maioria dos sábios contemporâneos designava como o possível sitio onde Tróia poderia ter ficado – se ela tivesse existido algum dia – a aldeola de Bunarbashi, havia naquele lugar duas fontes que levavam os arqueólogos arrojados a opinião de que bem poderia ter sido ali a velha Tróia.

''E alcançaram as duas fontes de belas águas borbulhantes,
De onde parte, de dupla nascente, o Escamandro vertiginoso.
Uma corre sempre quente, e do fundo dela.
Sobem nuvens de fumo como uma fornalha;
Mas a outra mesmo no verão corre fria como granizo,
Ou como a neve de inverno e como gélidos blocos de gelo.''


Assim dizia Homero no canto XXII da Ilíada, versos 147 a 152. Por quarenta e cinco piastras Heinrich Schliemann contratou um guia, montou num cavalo sem rédea nem sela e lançou o primeiro olhar sobre a terra do sonho de infância.
Esse primeiro olhar, entretanto, já lhe mostrou que aquele lugar, a uma distancia de três horas do litoral, não podia ser o sitio de Tróia, visto que os heróis de Homero eram capazes de correr, varias vezes ao dia, dos seus navios ate o castelo. E naquela colina poderia ter-se erguido o castelo de Priamo, com sessenta e duas dependências, muralhas ciclópicas.Schliemann que levava Homero ao da letra inspecionou as fontes e abanou a cabeça. Num espaço de quinhentos metros não contou duas (como declarou Homero), mas trinta e quatro fontes na mesma temperatura de dezessete graus e meio.
A justificativa de sua duvida de que Tróia tivesse sido ali a ausência de qualquer vestígio de ruínas e ate de cacos de cerâmica e muralhas ciclópicas não desaparecem sem deixar vestígios, e , contudo não havia sinal delas.
Havia porem sinal de outros sítios entre as ruínas de Nova Ilion, hoje Hissarlik, que significa Palácio, duas horas e meia de ao norte de Bunarbashi, distante apenas uma hora da costa. Por duas vezes Schliemann examinou o cume da colina que apresentava um planalto quadrangular, medindo 233 metros de lado e então se convenceu de ter achado Tróia.

Em 1869 ele casou-se com a grega Sofia Engastromenos. Em Abril de 1870 começou a cavar, em 1871 cavou durante dois meses e, nos dois anos seguintes, quatro meses por ano. A colina parecia uma imensa cebola que era preciso desfolhar camada por camada. E cada camada parecia ter sido habitada em tempos diversissimo; povos viveram e morreram, uma civilização sucedera a outra, e sempre uma cidade dos vivos se erguera novamente sobre a cidade dos mortos.
Qual dessas nove cidades era, porem a Tróia de Homero?

Schliemann marcou provisoriamente 15 de Julho de 1873 como ultimo dia das escavações. E então na véspera, achou aquilo que havia de coroar sua obra com brilho de ouro e encantar o mundo.
Dispensou os cem trabalhadores, a mulher segurava o chalé e este se enchia de tesouros cujo valor parecia impossível de calcular. O tesouro de Priamo! O tesouro de um dos mais poderosos reis de tempos remotíssimos, impregnados de sangue e lágrimas, adorno de homens semelhantes aos deuses, enterrado há três mil anos e tirado de baixo das muralhas de entulho de sete reinos perdidos para a luz de um novo dia!
Schliemann não duvidou nem por um instante que tinha achado o tesouro de Priamo.

Somente pouco antes de sua morte se provou que ele havia se deixado iludir pela embriagues do seu entusiasmo; que Tróia ficava, não na segunda nem na terceira camada e sim na sexta camada a contar de baixo e que o tesouro pertencera a um reino mais antigo do que de Priamo.

Tal êxito poderia ser ainda suplantado?

Mas esta historia fica para um outro post.
Resumo feito do Livro Deuses, Túmulos e Sábios de C. W. Ceram
Traduzido por João Távora, Editora Melhoramentos, 12 edição Abril de 1970.