Ganhei de natal A lição final do Randy Pausch, já tinha ouvido falar da sua história no jornal e lido alguma coisa na net, deixei o livro de lado confesso que com um certo preconceito como disse no paragrafo acima, como estou pra lá de ociosa, li, sorri, chorei a história é maravilhosa, ele fala dos sonhos, dos filhos, da morte.
Ele nos ensina a importância dos nossos sonhos uma semana depois de ler o livro estou tentando lembrar dos meus sonhos da infância, e com grande pesar não consigo recordar nada, nadinha na infância queremos ser e ter tantas coisas. Eu consigo me lembrar dos pés de frutas da chácara onde morei até os sete anos, das traquinagens (que não eram poucas), das brincadeiras ,das noites estreladas em que deitava-me em um banco de madeira e via a estrelas ou adormecia esperando um eclipse. Mas sonhos de quando eu crescer vou ser?
Não tem nada, nenhum vestigio.
Tenho a impressão que eu simplesmente vivi, eu costumo dizer que não desejo o impossível, nada que minhas condições financeiras não possam alcançar,coisas frívolas, sou pratica precisei de uma casa, trabalhei, um carro trabalhei e consegui talvez esteja ai a raiz do problemas sou somente o indispensável. Adoro conhecer lugares, museu, teatro cinema, dançar, livros raros, mas simplesmente não consigo fazer nada disso.
Em alguma fase da minha vida eu simplesmente parei de sonhar.
Depois de ler o livro perguntei ao Alexandre o que ele vai ser quando crescer:
Médico como o dr Paulo (o pediatra dele).
O Barnie porque ele é legal.
Ter cem filhos para euzinha cuidar (segundo a lógica dele se minha mãe cuidou dele, , eu vou ter que cuidar desta prole inteira).
E levar todo mundo a Paris na torre Eifeel ele assiste um desenhinho da Madeleine uma francesinha muito arteira).
Alguém tem que sonhar nesta casa. E você o que sonhou na infancia?
Abraços Rosa.
E vale a pena ler o livro.