27 de setembro de 2007

Decifra-me mas mesmo assim, te devoro.

Na região centro-oeste a energia elétrica e imprescindível para se viver, o calor infernal, altos índices de queimada, há dias em que a umidade relativa do ar chega aos 8% respirar e uma árdua tarefa. Dormir sem um ar-condicionado ou ventilador e uma missão impossível, nas residências onde tem criança sempre à necessidade de um inalador e umidificador de ar. Com tudo isso temos a carga tributaria uma das mais caras do Brasil. Decifrando uma conta de luz percebemos claramente o absurdo uma conta de 265 kWh onde vou pagar R$142, 89, mas eu usei:



R$ 87,13 consumo (veja a descrição deste consumo mais abaixo)
R$ 1,36 PIS (Programa de Integração Social)
R$ 6,21 COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social)

Tributo Federal
Estes dois tributos são cobrados pela União para manter programas sociais do Governo Federal. A aplicação desses tributos foi recentemente alterada elevando o valor das contas de energia elétrica. Até a edição das leis nos. 10.637/2002, 10.833/2003 e 10.865/2004, o PIS e a COFINS eram cumulativos, com alíquotas de 0,65% e 3% sobre o faturamento bruto, respectivamente. Com a edição das citadas leis, o PIS e a COFINS tiveram suas alíquotas alteradas para 1,65% e 7,6%, respectivamente, apuradas de forma não cumulativa.


R$31.56 ICMS



Tributo Estadual
Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS): previsto no artigo 155 da Constituição Federal, este imposto incide sobre as operações relativas à circulação de mercadorias e serviços e é de competência dos governos estaduais e do Distrito Federal. O ICMS é regulamentado pelo código tributário de cada estado, ou seja, estabelecido em lei pelas casas legislativas estaduais. Por isso, as alíquotas variam em cada estado. A distribuidora tem a obrigação tributária de realizar a cobrança do ICMS direto na fatura e repassá-lo integralmente ao Governo Estadual.

No estado de Mato-Grosso isto varia ente
0 a 100 kWh Isento
101 a 150 kWh 10%
151 a 250 kWh 17%
251 a 500 kWh 25%
Acima de 500 kWh 30%



R$ 14.34 CIP (Contribuição de iluminação Publica, ou seja, você paga para ter um poste com uma lâmpada funcionando direitinho o que não acontece na maioria das vezes).

R$16.63 outros este eu realmente não tenho idéia do que seja.
R$0.38 de atraso moras e multas.

= 142.89

Composição do Preço (art. 31 resolução 166/2005)


R$ 31.72 Distribuição
R$8.60 Encargos Setoriais
R$43.09 Consumo (Isso e nada mais!)
R$3.43 Transmissão
R$39.42 Tributos
= R$126.26 x 25% ICMS = R$ 31.56 = R$142.89



Como todo cidadão deste pais bem sabe, os nossos impostos sempre vão parar em mãos erradas e para fins obscuros, mas aqui em Mato-Grosso esta declarada a guerra, porque a rede de distribuição não esta querendo repassar R$260 milhões para o governo. Bom dinheiro vai dinheiro vem, e nada de melhorias para a população, eu vou ficar por aqui *embachto da ponte, chtupando cajdu. Curtindo calor, pagando minhas contas e ver em que tudo isso vai dar como todo bom brasileiro.


* Famosa expressão cuiabana.





Maggi vai à Justiça contra Rede Cemat



Governador prometeu brigar na Justiça para empresa pagar dívida com o Estado, apesar da decisão do Conselho de Política Fazendária.
NOELMA OLIVEIRA/SONIA FIORIDa ReportagemO governador Blairo Maggi (PR) afirmou ontem que não vai abrir da dívida da Rede Cemat com o governo. “Não sou favorável, não vou aplicar e a briga vai à Justiça”, afirmou o chefe do Executivo, ao se referir a remissão e anistia autorizada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) à empresa sobre uma dívida de R$ 260 milhões com o governo de Mato Grosso.



NOELMA OLIVEIRA/SONIA FIORIDa Reportagem Diario de Cuiabá.
Imagem: http://webac.ci.uminho.pt/nefum/enef06/local.htm

8 comentários:

Blog do M@rcondes disse...

Essa extorsão legalizada e rotulada como imposto já ultrapassou os limites do tolerável. Se nós povo, contribuintes na marra, otários de plantão, não nos organizarmos de forma a dar um basta nisso é muito pouco provável que “nossos representantes” o façam. Basta ver a CPMF que foi criada para resolver a situação caótica da saúde e que além de não cumprir a função para a qual foi criada, teve sua prorrogação concedida. É um país do quem pode mais chora menos. Abraços!

Paulo disse...

Depois de tanta matematica, já não sei o que ia dizer:)

Anônimo disse...

É Marcondes no meu caso eu choro bem mais.

Paulo, imagine a conta que tenho que fazer para o salario render até o fim do mês com tanta carga tributaria.

Abraços Rosa

Jana disse...

Deu um nó aqui!

beijos

Mas cara, herois, sobra mês rs

Anônimo disse...

É uma pena que o simples custe tão caro. Mas é só esse pessoal pegar toda grana que precisa para uma vida simples que depois vão nos ajudar. Eles usam uma energia incrível para isso, apesar da matemática ser tão abstrata.

Ricardo Rayol disse...

E viva a promiscuidade tributária e a chanchada política.

Anônimo disse...

intiresno muito, obrigado

Anônimo disse...

Não entendo. O valor de 31,56,ja está nos tributos(39,13). Para q soma de novo?