29 de setembro de 2007

Provérbios.

Sexta-feira foi impossível almoçar em casa com uma hora e meia sobrando fui a banca e comprei este livro publicado pela editora Escala em preço simbólico, como se tratava de provérbios fui abrindo e lendo, alguns achei hilário, hoje comecei a ler a apresentação, um relato para se ambientar em como onde e o porque de certos provérbios e deixo para vocês um breve resumo (nem tão breve hehehe) espero que gostem.

Provérbios: a guisa de introdução

A utilização de provérbios pelo ser humano esta presente nos mais variados momentos da existência. Ou servindo para admoestar determinado comportamento, ou servindo de parâmetro moral para futuras ações. Essas “pílulas de sabedoria” chegaram até nós desde o século III a.C.

Uma breve história dos provérbios

As primeiras fontes de que dispomos sobre os provérbios remontam ao terceiro milênio antes de Cristo, aos egípcios.

...os ‘sebayts’ (ensinamentos), equivalem aos provérbios atuais, são citados desde o terceiro milênio a.C. Entre os hebreus e os aramaicos o provérbio representava a palavra de um sábio. No século VI a.C. apareceram as Palavras de Ahiqar e no século IV a.C. os Provérbios de Salomão. Entre os gregos ‘gnômê’ (pensamento) e ‘paroemia’(instrução) cobrem as noções de provérbio, sentença, máxima, adágio, preceito etc...
Maria Helena Trench de Albuquerque.

Também na China e entre os sumérios dispomos de exemplos desta “sabedoria” universal. Dentre os autores latinos, Catão, Cícero, Sêneca, Publilio Siro constantemente incluíam sentenças suas ou não com finalidade instrutiva.

No tocante a Antiguidade Clássica, vários foram os autores que utilizaram provérbios, frases feitas em seus textos.Aristóteles, Demócrito, Sófocles dentre outros escritores que refletem um posicionamento do homem dessas épocas perante o mundo em que esta inserido. Esse mundo era vivenciado de acordo com os valores culturais e éticos herdados de seus antepassados e incorporados à galeria de exemplos que deveriam ser sequidos ou refutados pela humanidade. Com os estudos dos clássicos gregos e latinos durante a Idade Média, a difusão das formulas clássicas alcançou praticamente as incipientes línguas nacionais.

O Livro das Sentenças de Pedro Lombardo e os Disticha Catonis de autoria duvidosa, fariam parte da bibliografia indispensável das escolas eclesiásticas e das universidades, servindo praticamente como os primeiros livros para os alumni.

Portanto, a vitória do cristianismo trouxe consigo os traços e características do pensamento religioso católico, que paulatinamente se constituíram em norteadores do modus vivendi, do modus agendi e do mudus cagitandi da civilização ocidental durante toda a Idade Média. Com a difusão do saber antigo aliado a teologia cristã, com o desenvolvimento das artes liberais, com o aparecimento das primeiras universidades européias no final do século XI e princípios do século XII, com os contatos culturais com os árabes e conseqüentemente acesso a textos sobre medicina, astronomia, matemática, musica literatura e filosofia, dentre outras ciências, plasma-se uma cultura medieval litterata, que tem como seus grandes representantes homens da igreja e universitários.
Do ponto de vista social, a origem e o papel das expressões fraseológicas através de gerações prendem-se à transmissão de um legado cultural de conselhos práticos de vida baseados na experiência e na sabedoria dos antigos. Através de observações feitas a partir da realidade circunjacente ao mundo da sua época.

A continuidade da tradição cultural clássica durante a Idade Média porém, nos leva a considerar a difusão dos provérbios e demais expressões fraseológicas, não apenas como mero exercício de latim com finalidades estéticas, mas do mesmo modo, como consolidação de uma mentalidade moral cristã de denominação e de regulamentação da vida social através do discurso oral e escrito, que sintetizava através do exemplo, um manual do clero e das demais classes sociais.


Lúlio O livro dos Mil Provérbios.

Ramon Llull (Raimundo Lúlio 1232-1316) a formação intelectual de Llull se produziu na corte do rei Jaime I, o Conquistador. Sua Vida Coetania (1311) afirma que ele foi mordomo do infante Jaime. Assim, em seus anos iniciais, Ramon Llull viveu o ambiente palaciano,atmosfera eu o fez se tornar um irresistível trovador e conquistador de mulheres tal qual narram às lendas sobre a sua vida e como o próprio beato afirma em sua obra. Não obstante, cinco aparições de Jesus Cristo crucificado levaram-no a abandonar essa vida frívola e cheia de luxos para dedicar-se ã contemplação e, após ouvir um sermão sobre a vida de Francisco de Assis. Llull vendeu todos os seus pertences e empreendeu uma peregrinação a Rocamadour (Ocitania França) e Santiago de Compostela (na Galicia noroeste da Espanha).
Devemos ter em conta que o beato era um místico, um filosofo, mas sobretudo, um missionário. A principal intenção de sua vida e obra foi à conversão dos infiéis ao cristianismo e o re-emcaminhamento dos cristãos desviados do trajeto de Cristo, a esta finalidade ele submeteu sua arte e a sua própria vida. Por outro lado, é importante sublinhar que, neste período (século XIII), a conquista dos territórios ocupados pelos muçulmanos já não era um sonho, a cristantadade hispânica lutava para controlar estes territórios. A missão apoleogica era uma ferramenta que a Igreja e o nascente estado tinham para conseguir este fim, e personagens como Ramon Llull foram importantes pilares neste novo tipo de reconquista foi criar obras para ensinar outros missionários.

Assim o Livro dos Mil Provérbios é a recopilação de sua doutrina em breves sentenças.
Llull quer entregar um texto próximo a todos os homens, um texto com o qual possam se conseguir as virtudes necessárias para se entender a Deus.

I Deus
1. Estejam alegres porque Deus é totalmente bom e completo.
18. Busca teu poder no poder de Deus.



Fonte: Lúlio - Livro dos Mil Provérbios Editora Escala
Imagem: http://www.fuenterrebollo.com/Personajes/historia.html

7 comentários:

Blog do M@rcondes disse...

Os provérbios sintetizam mais numa única frase, tudo aquilo que necessitamos de vários parágrafos para explicar. Não é a toa que a maioria dos provérbios tem suas origens em pessoas consideradas sábias, ou pelo menos cultas. Dentre todas a que mais admiro é Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, o Barão de Itararé, natural da cidade portuária de Rio Grande no Rio Grande do Sul. Alguns dos seus provérbios:
-A televisão é maior maravilha da ciência a serviço da imbecilidade humana.
-Tempo é dinheiro. Vamos, então, fazer a experiência de pagar as nossas dívidas com o tempo.
- De onde menos se espera, é daí que não sai nada.
- Quem empresta, adeus...
- Dizes-me com quem andas e eu te direi se vou contigo.
- Genro é um homem casado com uma mulher cuja mãe se mete em tudo.
- Cleptomaníaco: ladrão rico. Gatuno: cleptomaníaco pobre.
- Este mundo é redondo, mas está ficando muito chato.
Era uma sábio!

Ricardo Rayol disse...

Uso intensamente os proverbiais provébios para meus textos do Heitor Caolho, a quem psicografo com muita honra. Gostei do texto.

Anônimo disse...

Muito legal essas informações sobre Provérbios, eu gosto muito dos Provérbios de Salomão, que é o que tenho mais contato.
Abraço

Paulo disse...

Gosto de proverbios.

Jana disse...

Eu uso alguns, foi foi interessante saber mais...
Beijos

Anônimo disse...

Interessante Rosa isso dos provérbios...beijuuss

Anônimo disse...

Fiquei desiludida com este site porque eu pos no google "proverbios/expressoes sobre a Astronomia" e aparceu-me isto.
Não pensem que digo isto por mal e uma critica construtiva.
beijos